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Lince-ibérico, Lynx pardinus, e crias

A época de acasalamento ocorre entre Janeiro e Fevereiro, e é na época do cio que os machos demonstram entre si uma atitude territorial mais intensa, defendendo o seu espaço com maior agressividade. Atraídos pelos sons e pelo odor das marcações, os dois indivíduos, macho e fêmea, formam um casal e permanecem juntos durante alguns dias, inclusive nas actividades de caça.
            
No período que se segue ao acasalamento, o macho abandona a fêmea, e não toma parte no desenvolvimento das crias. Após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias, no mês de Março, num local protegido e confortável por entre a vegetação.
            
Quando nascem, as crias pesam cerca de 250 gramas e têm os olhos fechados, mas abrem-nos ao fim de 9 a 10 dias. Iniciam as suas aventuras aos dois meses quando, cautelosamente, começam a explorar as redondezas.
             
A pouco e pouco, estas digressões tornam-se mais prolongadas, abrangendo uma área cada vez mais vasta. Seguindo e observando a mãe, aprendem a caçar e a defender-se, adquirindo muitos dos conhecimentos que utilizarão ao longo da sua vida.
             
O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 20 meses, até à mãe acasalar mais uma vez no Inverno. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, destas acabam por sobrar apenas 2 ou até 1. Este pequeno aumento populacional por cada ninhada de crias é um dos factores responsáveis pelo baixíssimo número de linces existentes actualmente.